eu sou . 2015
eu tenho . 2015
XVIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira
Casa da Cultura de Tomiño, Espanha
A narrativa do meu trabalho tem como referência a minha vida pessoal, enquanto indivíduo inquieto e em transformação continua com o meio e, a sociedade contemporânea e consequentes reacção e provocação, enquanto massa.
A cera de abelha é utilizada como o meio plástico unificador. Esta matéria orgânica ao fundir-se e ao integrar-se em objectos usados e esquecidos, revitaliza-os. Deste modo, a reutilização destes elementos passa por um processo de ocupação de espaços e de afirmação de conteúdos construídos a partir de um passado repleto de memórias.
A presença da auto-representação envolve-se com o corpo na qualidade de arquétipo e com habitáculos na qualidade de laboratórios. Estes pequenos espaços de reflexão, dão também lugar ao sonho – a dualidade entre a realidade e o desejo. As palavras, intensificadoras das ideias primárias, são utilizadas como ecos que, depois de lidas, obrigam o espectador a negar o silêncio.
Fotografias: Francisca Dores e Isabel Dores